O envelhecimento é um processo que se faz notar de maneira particular na pele, uma vez que é o maior órgão do nosso corpo e encontra-se exposto.

Existem dois tipos diferentes de envelhecimento:

O envelhecimento intrínseco, que é natural, inevitável, cronológico e o envelhecimento extrínseco, muito mais importante e que depende dos hábitos de vida e do ambiente tais como exposição ao sol, tabagismo, má nutrição. Uma maneira de avaliar os efeitos de cada um é comparar áreas de pele exposta ao sol com áreas cobertas.

Os sinais de envelhecimento da pele incluem:

– Atrofia (afinamento)
-Flacidez
-Pregueamento
-Rugas
-Ressecamento
-Amarelamento 
-Manchas
-Embranquecimento de cabelos e pelos
-Diminuição e afinamento de cabelos

Devido ao envelhecimento da pele, vários problemas tornam-se mais freqüentes:

As manchas roxas, decorrentes de pequenos traumas, são comuns, principalmente na pele mais exposta ao sol durante a vida, como braços e pernas, e são decorrentes do enfraquecimento e da perda de sustentação (proteção) dos pequenos vasos sangüíneos da pele.

Os problemas de circulação e sensibilidade da pele estão relacionados à dermatite de estase, uma alteração nos tornozelos caracterizada por escurecimento e coceira, podendo ou não estar associadas a úlceras (feridas) nessas regiões. Também em pessoas acamadas, pode haver a chamada escara, ou úlcera de pressão.

Alterações na imunidade predispõem a infecções como herpes zoster, micoses, infecções bacterianas, câncer de pele e doenças auto-imunes cutâneas.

Devido ao uso de medicamentos é muito freqüente o surgimento de reações alérgicas, muitas vezes graves e de difícil controle. Deve-se evitar o uso indiscriminado de medicamentos.

Outra característica marcante do envelhecimento da pele é o ressecamento, que predispõe ao prurido, às vezes intenso e debilitante, associado ou não a lesões de dermatite. Todos os fatores que desidratam a pele devem ser evitados, tais como banhos quentes e demorados, uso de esponjas e sabonetes em excesso. Hidratantes devem ser usados logo após o banho, preferencialmente sem perfumes ou corantes.

Alterações na pele do idoso devem ser avaliadas por um especialista, pois também podem ser sinal de doenças internas, que às vezes manifestam-se antes na pele, propiciando diagnóstico e tratamento precoces.

Envelhecer não significa adoecer.

No que se refere à pele, podemos minimizar ao máximo o envelhecimento extrínseco, aquele que pode ser evitado, prevenindo os danos e tratando problemas já instalados.

A pele também é nossa superfície de contato com o mundo e, sendo assim, no contexto de saúde e bem-estar, a preocupação com a aparência é também muito pertinente no idoso, pois toda idade tem sua beleza. Neste sentido, vários recursos médicos, cada vez mais seguros e eficazes, têm contribuído para a melhora da auto-estima e, conseqüentemente, do relacionamento interpessoal nesta fase tão rica da vida.

 

Texto by Silvia Santilli

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